quarta-feira, 21 de julho de 2010

Ronaldo ainda compensa para o Corinthians?

De Vitor Birner

O Uol, em matéria de Renan Prates, fez as contas e concluiu que cada gol de Ronaldo, em 2010, custou R$550 mil ao Corinthians.

http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2010/07/19/gol-de-ronaldo-em-2010-custa-r-550-mil-aos-cofres-do-corinthians.jhtm

Claro que a presença do centroavante atrai patrocinadores e isso rende boa grana ao clube. Mas o maior artilheiro da história das Copas do Mundo precisa reencontrar o bom futebol rapidamente, pois é o centroavante titular de um time que luta para ganhar títulos.

A rentabilidade econômica só vai ser útil se levar o Corinthians ao pentacampeonato brasileiro.

Estamos falando do time de futebol gigante, não de instituições financeiras ou empresas que trabalham por lucro.

Escrevi sobre o momento de Ronaldo isso na edição do último sábado do Lance!.

Reproduzo os textos logo abaixo.


O peso de Ronaldo

Debatemos aqui no Lance! se ainda vale a pena para o Corinthians contar com Ronaldo.

Quando me perguntaram, a resposta estava na ponta da língua.

“Depende muito dele. Do jeito que está, não”.

Ninguém discute a capacidade técnica do maior artilheiro das Copas do Mundo. Tampouco ousam compará-lo, neste quesito, aos concorrentes dentro do futebol brasileiro.

O péssimo condicionamento físico e a pouca dedicação à vida de atleta são comentados nos quatro cantos do país. As reclamações populares são óbvias e pertinentes.

O comportamento nada profissional atrapalha o bom rendimento do centroavante.

Eis o dilema.

Tenho impressão que o desempenho em campo fica em segundo, terceiro, quarto plano na vida do cidadão Ronaldo Luís Nazário de Lima. O tamanho do jogador mostra se prioriza a alimentação prazerosa ou o comprometimento com o centenário vitorioso corintiano. Aparentemente, atuar em alto nível não faz tanta diferença na vida dele.

Quem foi à Copa do Mundo retrasada gordo e assim continua após quatro anos, não fica envergonhado por pretender jogar bola num clube em condição até pior.

Só tietes, apaixonados, apegados ao passado e torcedores fanáticos de Palmeiras, São Paulo e Santos aplaudem o atual momento de Ronaldo no Alvinegro de Parque São Jorge.

A Libertadores já cobrou o preço. Havia onze titulares, entretanto apenas dez deles conseguiam competir, tanto faz se bem ou mal, de verdade.

Mano Menezes foi refém do excelente futebol mostrado pelo centroavante, ano passado, nas fases decisivas do paulistinha e da Copa do Brasil. O técnico esperava algo parecido nos momentos importantes da competição continental. Eu e a maior dos brasileiros também aguardamos lances especiais e decisivos na hora “h”.

Todos nós teríamos mantido Ronaldo entre os titulares. Falhamos.

Menos que o jogador, contudo nos equivocamos.

Pouca movimentação e opções táticas, erros de passes e finalizações, furadas e falhas em domínios de bola simples pautaram as fracas apresentações do Fenômeno

A direção deve planejar o futuro. Pensar na próxima temporada.

Ronaldo adoraria jogar bem e recuperar o largo sorriso da boa fase em dois mil e nove. Gols rendem elogios, dinheiro e acima de tudo alegria. Contudo, o tamanho do sacrifício que está disposto a fazer para reviver o sucesso a felicidade do sucesso parece bem pequenininho.

Rico, realizado, com nome marcado na história, passa a impressão de não estar mais disposto a abrir mão dos prazeres mundanos.

Pensando e agindo assim, quando a gorduchinha rola, a participação dele é quase inútil. No máximo, por conta da genialidade, viverá pequenos bons momentos.

O Corinthians precisa de alguém em quem possa confiar a camisa nove

Peso de Ronaldo II

A central de boatos do Parque São Jorge fala da perda da motivação de Ronaldo após saber que realmente não tinha chance alguma de ir ao Mundial sul-africano. Coincidência ou não, desde então, ele nunca mais atuou bem. E o centenário corintiano?

Peso de Ronaldo III

Dr. Sócrates, gênio e craque da história corintiana, disse que o atual centroavante deveria jogar apenas de vez em quando. A equação é complicada. O marketing, o departamento de futebol, o reforço e o próprio Ronaldo aceitam? Na hora de decisão, quem entraria em campo?

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