Não foi penalti, seu juiz???

A polêmica no futebol é diretamente relacionada à formosura do esporte na opinião de 99 entre 100 jornalistas.

O pênalti, que surgiu no final do XIX, foi idealizado após um lance em que zagueiro meteu a mão na bola para tirar o gol certo, como era de praxe na época, a infração foi penalizada em tiro livre direto, com barreira e tudo. No caso, o prejudicado total era o time que foi impedido de marcar o tento por culpa do zagueirão fanfarrão e mesmo com o tiro livre direto, era quase impossível fazer gol, pois os jogadores se amontoavam em frente ao gol e, na maioria das vezes, o infrator acabava beneficiado.

Com o tempo, foi-se aperfeiçoando as maneiras de assinalar as infrações que resultaria em pênalti...

...Bola na mão, mão na bola.....pé alto, jogada perigosa....!

Até o dia de hoje, que o pênalti virou fator extremamente interpretativo.

O que seria necessário para o arbitro assinalar uma infração que fosse dentro da área que resultaria em penalidade máxima?

Bola na mão ou mão na bola?

Jogada perigosa, ou agressão de fato?

Empurra-empurra, agarrão em cobrança de escanteio ou deslocar/segurar atacante num lance fora de jogo?

Um pênalti que deveria ser, nada mais, que um simples pênalti, ganhou complexidades...

Teve infeliz “diplomado” que ousou em dizer em programa esportivo que o pênalti de goleiro palmeirense Marcos em Jorge Henrique, atacante Corinthiano, foi interpretativo, pois há árbitros que não dariam a penalidade máxima naquele lance.

O que seria um lance interpretativo?

São Paulo vs. Barueri – o zagueiro sãopaulino, Renato Silva, no atacante Otacílio Neto do Barueri, onde claramente o zagueiro tira o atacante da jogada de forma faltosa. Lance que em qualquer lugar do campo seria dado falta, mas dentro da área foi jogada normal.


Corinthians vs. Palmeiras – Dentinho recebe bola na área e é tocado por trás pelo lateral palmeirense, Pablo Armero, antes de arrematar para o gol. Ao arbitro Heber Roberto Lopes, manda seguir, jogada normal.

Grêmio vs. São Paulo – bola alçada na área, o zagueiro sãopaulinho, desloca o Fabio Santos dentro da área, impedindo que o jogador chegasse à bola e o arbitro segue o jogo, mesmo sendo muito contestado pelos jogadores gremistas.
Eis o pênalti interpretativo!

Entenda-se: não se marca penalidade máxima ao time que tiver disputando título, ao menos que essa infração não caiba interpretação.

É o futebol tomando como exemplo as corridas de F1. Os retardatários tem que abrir caminho aos líderes, mesmo que tenha que sair da pista.

By Vico!