quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O novo que já nasce velho

Há quem diga que pra jogar no Timão não é necessário ser craque, basta ter raça e dedicação suficiente pra suprir a técnica, que logo cai nas graças da Fiel. Com tudo, justifica-se o fato de que o Corinthians sempre foi um time de muita raça e pouca técnica dentro de campo.

Venho a discordar!

Nas ultimas décadas, a técnica sempre esteve alinhada com a raça nas conquistas do Timão.

Rivellino, Sócrates, Vladimir, Neto, Marcelinho, Tevez, entre tantos outros jogadores, ídolos que nunca negaram raça em instante algum e sempre tiveram técnica acima do normal.

Vou além...

Dos anos 80´s pra cá, o Corinthians é muito mais técnica do que raça.

No início do ano, o Corinthians Campeão Invicto Paulista e Tri da Copa do Brasil, jogava o fino do futebol. Chegou a lembrar o elenco Bi-brasileiro em 98 e 99 que esbanjava técnica e categoria dentro de campo.

Após a saída de André Santos e Douglas o Corinthians perdeu muito tecnicamente e acabou refletindo no esquema tático de Mano Menezes e o Corinthians não conseguiu manter boas atuações na seqüencia da temporada.

Na ausência da técnica, a raça deveria suprir as deficiências, mas não é o que acontece hoje com o Corinthians.

Mano Menezes tem dificuldades em encaixar os novos contatados sem que tenha que mudar a formação 4-2-3-1, que vinha usando desde o ano passado.

Edno, Defederico e Marcelo Matto, considerados jogadores técnicos, não conseguem render de forma satisfatória fora de suas posições de origem.

Raça tinha Zé Maria, Ezequiel, Wilson Mano, Márcio Bitencourt......jogadores que se colocassem pra jogar no gol, que fosse, dariam conta do recado.

Mano Menezes está com um problemão.

Foi-se o tempo em que o técnico chegava ao clube com um esquema tático desenhado e os jogadores eram obrigados a se enquadrar.

Agora, o treinador é obrigado a trabalhar a melhor formação para o elenco, dentro da possibilidade técnica de cada jogador. Já o jogador, antes, muitas vezes sacrificados ao serem colocado em posição que não tinham costume de atuar, passam a ter privilégios e não obrigação em se desdobrar dentro de campo.

Teoricamente, os meias atacantes e armadores que não se acertam dentro de campo, são jogadores que não estão colocados dentro de suas características.

Assim como Mano, podemos citar como exemplo Muricy Ramalho. O treinador palmeirense não consegue engrenar usando o mesmo 3-5-2 que vingou no São Paulo e o Palmeiras, pode perder o título mais ganho da história dos brasileiros.

Dentro de campo, o rendimento do time quase sempre fica estampado no placar, onde a derrota irrita tanto a torcida quanto os próprios atletas que não escondem suas insatisfações nas entrevistas.

Jogadores considerados “Curingas”, se ainda existem, passam longe de times grandes.

Então, se Mano Menezes quiser sucesso no centenário do Timão e Muricy Ramalho ainda ser campeão do brasileirão, terão que mudar seus métodos.

By Vico!

Seja o primeiro a comentar

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO