Discutindo o essencial
O Corinthians tem vários motivos para divergir do Clube dos 13 nas questões relativas à contratação das TVs para as transmissões do futebol. O principal deles não aparece na carta em que o Clube comunica seu desligamento da entidade.
Trata-se da imperfeita e injusta distribuição do dinheiro entre os participantes do campeonato.
Nas últimas décadas, por pressão da TV, o C13 estabeleceu uma forma de distribuição de dinheiro inteiramente prejudicial ao Corinthians e ao Flamengo.
Num sistema quase igualitário de distribuição, esses dois Clubes recebem valores iguais aos de Vasco, Palmeiras e São Paulo, e muito próximo de todos os outros times.
Por essa divisão há um claro subsídio originário da TV que auxilia os adversários.
Isto não ocorre em nenhum país do mundo. Na Espanha, por exemplo, a diferença entre Barça e Real dos demais é enorme.
O mesmo acontece na Itália, na Inglaterra, na França e até em Portugal. Ao Corinthians caberia lutar não somente para que um novo contrato de TV remunere-o em valores maiores, mas que especialmente altere esta regra de distribuição.
À cada um segundo o seu tamanho no mercado, esta deve ser a regra básica.
O C13 publicou um edital que tem pontos vantajosos e também equívocos.
Estabelece no primeiro item da concorrência que a TV aberta transmitirá três jogos por rodada. Ora, se desejam uma distribuição igualitária do dinheiro deveriam dizer que todos os clubes terão o mesmo número de partidas transmitidas. Se isto prevalecer, nenhuma emissora terá interesse em veicular os jogos, nem TV Cultura. Deixando para a TV o critério de escolha de jogos, sabemos que esta optará pelas partidas do Corinthians e do Flamengo e de um ou outro por aí.
Se a distribuição da grana é igualitária, a dos jogos também deve ser.
O C13 é esperto, e, na venda, oferece à TV o direito de escolha dos jogos que quiser, enquanto na partilha do dinheiro segue regra igualitária.
Talvez o edital pudesse prever um sistema alternativo, em que a TV pagasse por igual pelos jogos transmitidos, e outro, com remuneração pelo direito de escolha.
Este é, e sempre foi, o principal atrito do Corinthians com o C13.
Mas não é o único problema, repetindo-se no pay-per-view, onde o torcedor é ferido no seu direito de consumidor e obrigado a comprar pacores de venda casada. Ao contrário, deveria ter opção, como acontece em outros países, da compra de jogos de seu clube. Assim, cada clube arrecadaria na proporção das partidas que vendesse.
O sistema do C13 é injusto e igualitário. Historicamente o C13 sempre alegou que uma distribuição de mercado dos valores da TV levaria o campeonato a ser disputado apenas por poucos clubes, como Corinthians, Flamengo e algum outro. Esta seria a posição da TV, que deseja uma maior equalização entre as equipes.
Sendo opinião do C13 ou da TV, a verdade é que o atual sistema não interessa ao Corinthians ou ao Flamengo e deveria ser modificado. Este sim é um bom motivo para atrito do Timão com o C13.
Do Blog do Citadini
Trata-se da imperfeita e injusta distribuição do dinheiro entre os participantes do campeonato.
Nas últimas décadas, por pressão da TV, o C13 estabeleceu uma forma de distribuição de dinheiro inteiramente prejudicial ao Corinthians e ao Flamengo.
Num sistema quase igualitário de distribuição, esses dois Clubes recebem valores iguais aos de Vasco, Palmeiras e São Paulo, e muito próximo de todos os outros times.
Por essa divisão há um claro subsídio originário da TV que auxilia os adversários.
Isto não ocorre em nenhum país do mundo. Na Espanha, por exemplo, a diferença entre Barça e Real dos demais é enorme.
O mesmo acontece na Itália, na Inglaterra, na França e até em Portugal. Ao Corinthians caberia lutar não somente para que um novo contrato de TV remunere-o em valores maiores, mas que especialmente altere esta regra de distribuição.
À cada um segundo o seu tamanho no mercado, esta deve ser a regra básica.
O C13 publicou um edital que tem pontos vantajosos e também equívocos.
Estabelece no primeiro item da concorrência que a TV aberta transmitirá três jogos por rodada. Ora, se desejam uma distribuição igualitária do dinheiro deveriam dizer que todos os clubes terão o mesmo número de partidas transmitidas. Se isto prevalecer, nenhuma emissora terá interesse em veicular os jogos, nem TV Cultura. Deixando para a TV o critério de escolha de jogos, sabemos que esta optará pelas partidas do Corinthians e do Flamengo e de um ou outro por aí.
Se a distribuição da grana é igualitária, a dos jogos também deve ser.
O C13 é esperto, e, na venda, oferece à TV o direito de escolha dos jogos que quiser, enquanto na partilha do dinheiro segue regra igualitária.
Talvez o edital pudesse prever um sistema alternativo, em que a TV pagasse por igual pelos jogos transmitidos, e outro, com remuneração pelo direito de escolha.
Este é, e sempre foi, o principal atrito do Corinthians com o C13.
Mas não é o único problema, repetindo-se no pay-per-view, onde o torcedor é ferido no seu direito de consumidor e obrigado a comprar pacores de venda casada. Ao contrário, deveria ter opção, como acontece em outros países, da compra de jogos de seu clube. Assim, cada clube arrecadaria na proporção das partidas que vendesse.
O sistema do C13 é injusto e igualitário. Historicamente o C13 sempre alegou que uma distribuição de mercado dos valores da TV levaria o campeonato a ser disputado apenas por poucos clubes, como Corinthians, Flamengo e algum outro. Esta seria a posição da TV, que deseja uma maior equalização entre as equipes.
Sendo opinião do C13 ou da TV, a verdade é que o atual sistema não interessa ao Corinthians ou ao Flamengo e deveria ser modificado. Este sim é um bom motivo para atrito do Timão com o C13.
Do Blog do Citadini
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