sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ordens são ordens!

Até hoje não existiu na Formula 1 piloto com tanta gana e determinação como Nelson Piquet Souto Maior.

Considerado completo, Piquet chegava a dormir nos boxes antes das corridas, ou até mesmo passar noites em claros acertando seu equipamento para a corrida do dia seguinte.

Sabia tudo sobre seu carro, de para-fuso a para-fuso, suas opiniões sempre eram acatadas pelos engenheiros e usada no acerto final do carro.
Piquet inventou a técnica de aquecer pneus, que até hoje é usado pelas equipes, não só da F1 como em outras categorias do automobilismo.

Sua personalidade sempre foi seu maior inimigo, nunca foi de bajular e fazer média com a imprensa, pagou caro por isso, a ponto de ser detestado e rotulado como arrogante e individualista. Graças ao seu talento é conhecido e respeitado mundialmente como piloto de F1.

Nelson Ângelo Piquet, filho de Nelson Piquet, surgiu para o automobilismo profissional como o mais jovem vencedor da Fórmula 3 Britânica. A façanha deu-lhe à oportunidade de disputar a GP2 séries, considerado a pré Formula 1. Lá, Nelsinho disputou o título da categoria até as ultimas corridas, mas foi superado pelo inglês Lewis Hamilton e acabou com o vice. O bom desempenho lhe rendeu uma vaga como piloto de teste na equipe Renault e no ano seguinte, enfim, a titularidade.

Nelsinho herdou do pai a personalidade forte e com pouco tempo de F1, já colecionava vários atritos dentro de sua própria equipe.

O fato de Nelsinho ter aceitado provocar o acidente durante o GP de Cingapura para beneficiar diretamente Fernando Alonso e a equipe Renault a pedido de seus superiores, Briatori e Paty Symonds (que negam toda a história), caminha mais para a execração do jovem piloto do que seus superiores diretos, mentores da trama.

Até hoje na F1, os feitos anti-esportivos somente era conhecido da forma que os próprios pilotos causavam apenas para o seu benefício, sito como exemplo o caso de Prost e Senna e no ano seguinte, Senna e Prost, onde os respectivos pilotos causaram acidentes propositalmente para se beneficiarem com o acidente na conquista do campeonato.

Foi-se a época em que a F1 era mais pegada, a época em que os companheiros de equipe não eram tão companheiro assim, quase sempre eram inimigos.

A partir do momento que começou a surgir o tal “jogo de equipe”, as corridas ganharam novas caras, muitas vezes lavadas, como o caso de Barrichello e Schumacher, quando o brasileiro tirou o pé quando estava prestes a cruzar a linha de chegada, deixou o alemão vencer, ao vivo, em cores para o mundo todo ver.

E não foi só uma vez que essa barbárie aconteceu entre os pilotos da Ferrari.

Se houve dois pilotos inegavelmente, experientes e vencedor, como Rubens e Michael, que se propuseram a fazer essa “manobra” imoral em benefício à equipe e ao piloto alemão, que se sagraria campeão naquele ano beneficiado diretamente por esse esquema, sem o menor pudor, o que falar de Nelsinho Piquet, iniciante na categoria, ter acatado ordens de seus superiores???.

O motivo que fez Barrichello entregar corridas ao companheiro Schumacher, não foi o mesmo que fez Nelsinho participar da trama em Cingapura?

Mais uma vez, acredito eu, o nome Piquet estará contribuindo para a F1.

Nelsinho não está correto, tem que ser punido, mas não pode ser execrado.

Os chefões da Renault, responsáveis envolvidos nesse esquema, carregam mais histórias de armação na história do automobilismo, muitas delas encobertadas.

Nelsão, para o bem da F1, confessa na hora certa a armação da equipe francesa. Mesmo que sacrifique a carreira de seu filho, entrega o que normalmente é feito nos boxes, motor homes e em sala fechadas, escancara a idéia que o mundo da pricipal categoria do automobilismo é de fato, um enorme jogo de interesses.

By Vico!

4 Comentários:

Zezé Sette disse...

"Nelsão, para o bem da F1, confessa na hora certa a armação da equipe francesa."
Uma ova, Vico!!! O Nelsinho foi mau caráter e fraco, com a conivência de seu pai.
Aceitou fazer aquilo e só denunciou porque foi demitido da equipe. Um piloto que aceita fazer esse tipo de coisa não serve nem para quem solicitou o serviço. Por isso mesmo foi dispensado.
Tão pegando leve demais com esse Picareta!

Blog do Vico disse...

Talvez tenha razão! Porém, mas pode ter certeza, ele não fez isso siplesmente pra ajudar, ou livre espontânea vontade. Havia um bom motivo sim. Claro, isso não o inocenta. Se realmente valesse a libertade dos pilotos, Barrichello não deixaria Schumi passa-lo.

Zezé Sette disse...

A partir daquele domingo "fatídico", em que Barrichello deixou que o alemão passasse, passei a respeita-lo ainda mais.
Naquele dia ele chamou a atenção do mundo todo para o que vc disse, com toda razão, com relação à liberdade para o piloto. Ele recebeu uma ordem, esperou seis voltas (que devem ter durado uma eternidade e Deus sabe tudo que deve ter passado por sua cabeça) e cumpriu. E o que aconteceu? Nada! E o Nelsinho? Só fez por um motivo egoista. Ter seu contrato renovado. Deveria era ter carater e mais confiança em si próprio. Buscar a renovação do contrato com trabalho e dignidade.
Depois de tudo, o Barrichello pode andar de cabeça erguida em qualquer lugar, inclusive desfilando com nosso manto corinthiano...rs.
E o Nelsinho?

Blog do Vico disse...

Respeito sua opinião, mas não deixa de ser ordens de superiores à cumprir. Se Rubinho respondeu desse mono, Nelsinho, talvez, esteja respondendo dessa maneira, denunciando.Vamos esperar pra ver como serão relatados oficialmente. Por Enquanto o que sabemos é superficial. Alí, todos sabem quem é Briatore

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