Do LANCEPRESS!
Gestão de Andrés tem negócios obscuros
Caso mais grave foi a venda de 10% do Jô para o agente Bertolucci. Relações com empresários minam a atual gestão.
– Vai ser uma administração transparente. Ninguém vai precisar ligar para fonte alguma para saber das coisas do Corinthians.
A frase foi dita pelo presidente Andrés Sanchez, ao assumir a presidência, em 9 de outubro de 2007.
A análise de sua gestão, iniciada na segunda-feira pelo LANCENET!, mostra nesta terça-feira que o lema “Transparência” não foi seguido à risca.
O caso mais grave foi a venda dos 10% do atacante Jô, a que o Corinthians tinha direito, para o agente Giuliano Bertolucci, ligado ao iraniano Kia Joorabchian.
Vendido pelo CSKA (RUS) por pouco mais de 18 milhões de libras (cerca de R$ 58 milhões), o atacante renderia ao Corinthians quase R$ 6 milhões se o presidente não tivesse feito o negócio, dias antes, por pouco menos de R$ 2 milhões.
A justificativa dada por Sanchez foi a mesma usada para outros negócios que geraram críticas à sua gestão: o clube precisava de dinheiro com urgência e não podia esperar.
Ao mesmo tempo em que “ajudava” o Corinthians a quitar parcelas de dívidas antigas, o mesmo Bertolucci participava da longa negociação entre City e CSKA. Além dele, Pini Zahavi, identificado como um dos principais investidores do MSI, supervisionava as ofertas por Jô.
O fato de Andrés ter apoiado a parceria com o MSI também é um dos temas prediletos dos oposicionistas. Como Carla Dualib, que publicou livro acusando e insinuando, entre outras coisas, que o presidente financiou sua campanha com dinheiro de investidores do MSI.
Durante a sua administração, a diretoria ainda omitiu do Conselho Deliberativo do clube a venda de parte de três jogadores – André Santos, Dentinho e Renato – para o Grupo Sonda por R$ 5,4 milhões.
E não viu problema algum em pegar R$ 600 mil emprestados de Carlos Leite, agente de Mano Menezes e de outros cinco jogadores do clube.
Publicada em 7/10/2008 às 9:39
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