terça-feira, 24 de junho de 2008

Do Jornal - Folha Regional


O Exemplo de uma má administração.
(Por Chalers Müller)


O Santos é sério candidato ao rebaixamento para o ano que vem. Mesmo com a pouca estrada que tenho de futebol não é difícil chegar a essa conclusão. Hoje não é fácil manter um time com grandes jogadores, no topo, ganhar títulos e ainda encher os cofres.

Um trabalho coerente e sério deve ser em longo prazo, onde o clube investe em categorias de base e em jovens promessas. Ao longo do tempo, os futuros jovens renderam títulos e muito dinheiro ao clube. Mas esse é um caminho muito longo e trabalhoso, nem dirigentes muito menos torcida tem tanta paciência pra isso. Então os clubes acabam fazendo parcerias com empresários, investidores que acenam com certa quantia em dinheiro em troca de porcentagens em futuras vendas de jogadores e negociações com patrocinadores.

É quase impossível encontrar um clube que não esteja nesse caminho. O São Paulo, mesmo hoje, já tem vários jogadores que tem seus direitos federativos divididos entre clube + jogador + empresários. Na ponta do lápis, se o clube vende um de seu principal jogador, acaba embolsando apenas a metade do valor, sendo que outra metade vai pra empresários. Isso quando o clube não tem sua porcentagem ainda mais reduzida em contrato.

No final das conta, o clube já não pode contar mais com as futuras promessas, pois muitos poucos jogam no time principal e já são negociados e o dinheiro das porcentagens não é suficiente pra fazer o clube progredir e acabam se endividando ainda mais.

É isso que acontece hoje com o Santos e futuramente acontecerá (de novo) com o Palmeiras e já aconteceu com o Corinthians. A ânsia de ganhar títulos rapidamente se faz a necessidade de “vender a alma ao diabo”, o resultado vem de imediato, quem não se lembra do brasileirão de 2005 pelo Corinthians, Palmeiras na era Parmalat, a ascensão do Santos com o recente Bi-paulista com Luxemburgo e agora a decadência, times praticamente quebrados financeiramente, sem um tostão no bolso.

É paulada atrás de paulada e os dirigentes insistem ainda nesse tipo de administração.

da Coluna : "Pimba na Goduchinha!"

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